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Trail de Almeirim, segunda edição

Acordado às cinco e arrancado às seis com a futura companheira de prova Marina, teremos sido dos primeiros a chegar a Fazendas de Almeirim. Estacionamento ao pé da escola onde seria o almoço e banho e dorsal levantado, chegaram a Mafalda e Gonçalo que se juntam para café e conversa pré-prova.

Equipamento vestido e na zona do Centro Cultural acumulam-se as caras conhecidas que vêm participar nas três distâncias, prova longa, prova curta e caminhada. A chuva, a alternar entre o aguaceiro e a bátega, faz prever que a manhã não vai ser simples e, quando é dada a partida, é debaixo de chuva ligeira.

Arrancámos, eu e a Marina, atentos ao que iamos fazer. Levávamos objectivos concretos e não poderiam haver (muitas) distrações. A prova começava a subir, passava a descer, subia, descia, subia, descia, praticamente nenhuma parte do percurso era plana (“Planície Ribatexana”), praticamente. Trepámos “paredes”, descemos a pique, tivemos uma zona com corda para subir e descer para apimentar um bocado o percurso.

As marcações, azuis e brancas e bem espaçadas mas, pecavam na minha opinião por não estarem sempre do mesmo lado do percurso, o que originou que alguns atletas fizessem “confusão” em dois pontos da prova e passassem do percurso longo para o curto e vice-versa mas, com alguma atenção e a cabeça levantada, isso seria mais complicado de acontecer, tanto que eu e a Marina fomos sempre a “acelerar” e poucas dúvidas tivemos, até nos deu tempo para ler as placas (mais eu do que ela, mas pronto).

No abastecimento com o Frei Clemente

Na nossa zona satélite, ora à frente ora atrás, o Gonçalo e a Mafalda e, no abastecimento onde estava o Frei Clemente juntou-se a nós o Pedro Conceição, que nos acompanhou até ao final da prova.

Abastecimento, abastecimentos… Havia de tudo. Bem sei que não se deve ir à espera de banquetes mas entre bananas, laranjas, tomates, sal, nutella, manteiga de amendoim, frutos secos, água, isotónico, coca-cola (da verdadeira), tostas e marmelada a variedade excedia a “minha procura”, e a atenção dos voluntários aliada à riqueza alimentar disponível tornou-os exemplares.

Chegámos ao fim, quatro horas e cinco minutos, mais segundo, menos segundo. A Marina ficou em segundo lugar no seu escalão, e ambos conseguimos fazer menos do dobro do tempo do primeiro classificado da geral em cada um dos géneros, uma vitória portanto. Podiamos ter feito menos cinco minutos, era esse outro dos objectivos mas, por vezes há outros factores a considerar, porque a vida não é só corrida.

Após o banho (quente), massagem de recuperação e ataque ao almoço. Sopa da Pedra acabadinha de chegar, bifana gigante no pão, pampilhos e água, sumos e vinho à descrição. Fiquei-me pela água e sumo, bifana e sopa, antes do café e do arranque para casa, onde cheguei doze horas depois de ter saído.

Se na primeira edição, em 2015, não estive presente por a prova calhar no mesmo dia da Meia Maratona da Ponte 25 de Abril (para a qual já estava inscrito) este ano não me arrependi nada de lá estar (no Trail de Almeirim, claro está), uma prova feita por atletas, para atletas, onde o esforço para nos sentirmos bem é levado ao máximo, aconselhada a todos. Ano que vem, caso haja, caso possa, contem comigo!

One comment

  1. Tiago Godinho

    Boas João… Essa versão das fitas todas do mesmo lado já foi testada no Ultra Trail Rocha da Pena, em 2015, e como atleta não me pareceu a melhor opção! Naquele evento as fitas estavam todas do lado direito e quando havia um cotovelo para esse lado (no mínimo 4 ou 5 haviam), o pessoal ia em frente e nem se apercebia que não era por ali o percurso. Mas pronto, é só uma opinião ;)
    Parabéns pela prova e um abraço

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