Free Run Guias

Free-Run Meo Urban Trail solidário para a Comunidade Vida e Paz

Se há dois dias fomos sete, no próprio dia fomos (quase) quinhentos. Reunidos no Terreiro do Paço, os participantes preparavam-se para caminhar ou correr pelas ruas da Baixa Lisboeta, e arredores, subindo e descendo escadas e rampas, neste Free-Run preparado pela Goreti Silva e Miguel Pisco.

Arrecadando contribuições (em géneros ou monetárias) para a Comunidade Vida e Paz, os resultados superaram o esperado. Felizmente, mesmo em “tempo de crise” ainda existem muitos que dividem o pouco que têm, com quem nada tem.

A mim, coube-me a orgulhosa tarefa de ser integrante do grupo de dez guias no percurso, ajudando e estimulando os participantes na medida dos possíveis, contribuindo também, é claro, para a Comunidade vida e Paz. Fiz par com o Happy Runner Alexandre Pinto, no penúltimo grupo de guias que, sensivelmente a um terço do percurso se tornou “numa espécie” de último, isto porque, a selecção natural devida às particularidades do percurso fez com que os participantes menos fortes fossem ficando cada vez mais para trás, juntando-se então um grupo com o Cafon e o Paulo Jorge, e ficando eu e o Alexandre com a “cauda do pelotão”.

Visualmente, a mancha amarela que enchia as ruas da cidade, ainda para mais por uma causa solidária, tornava-se em parte comovente, e deu-me algo em que pensar, bem como pensei, durante o percurso, em todas as amigas e amigos que por lá estavam, e que já tinha visto, outros que encontrei a meio, e nos outros, que não foram…

O percurso, bem conhecido por mim, não me custou muito a fazer, fi-lo em “ritmo lento” devido a ir atrás, e tive de estar sempre atento ao grupo, e ao intrincado do percurso, especialmente na zona de Alfama, puxando quem podia e conseguia pois, quem vem mais atrás, já se imagina como é.

Esta mancha de cor amarela foi também possível de unificar, visualmente, devido ao apoio do Meo Urban Trail a este Free-Run, dando (no início) uma camisola amarela fluorescente com elementos reflectores a cada um dos participantes, que a utilizava somente caso quisesse, é claro.

Na chegada, depois da reunião do grupo da corrida e da caminhada, um breve discurso de agradecimento a todos os presentes e começa a debandada. Já se fazia tarde, e embora não estivesse frio, o calor já não abundava. Da minha parte, aceitei a boleia, meio a pé, meio de carro, do Paulo Jorge, e fui para casa, porque a vida não é só corrida ;)