V Trail Montes Saloios, modo vassoura

Quinta edição do trail Montes Saloios, a terceira participação desta vez, em modo vassoura. Felizmente, não choveu (muito)…

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Em dia dos namorados, fui volunTRAILer nesta prova, na companhia do Joel Silva e Paulo Silva. É sempre um prazer ir aos Montes Saloios, independentemente de qual dos lados em que se esteja. Esta é uma prova despretenciosa, feita por atletas, para atletas, e preparada durante meses com carinho e atenção por todos os que nela participam.

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Mestres no saber receber, os Montes Saloios proporcionaram aos participantes tudo o que era necessário para um dia em grande: Dois percursos, corrida e caminhada, dois abastecimentos, fartos em comida e bebida, um abastecimento surpresa no topo da última subida, boas marcações de percurso (exceptuando duas situações mais duvidosas, nada que parar, escutar e olhar não resolvesse) e uma recepção como poucos sabem ter.

Começado cedo o dia, depois da partida atrasada 30 minutos por motivos logísticos na zona da entrega dos dorsais, após o briefing fomos os três, andando e correndo pelos trilhos fora. É curioso ser vassoura em provas de corrida, os sentimentos dos participantes que nos vêm são, díspares, no mínimo. Há aqueles que pura e simplesmente ignoram os atletas-vassoura, fazem de conta que eles não estão lá e que não reagem minimamente a nenhum estímulo que se dê. Já os outros, fazem a festa e por vezes não se querem ir embora de ao pé de nós, é curioso, sem dúvida.

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Já vassourei noutras ocasiões, já fui vassourado e cheira-me que ainda o serei mais vezes na vida. Para mim ser vassoura (voluntariamente) acaba por ser uma forma de retribuir ao Universo aquilo que ele nos dá, e uma maneira sui generis de viver o “Espírito do Trail”.

Metafísica à parte, o percurso de 25 quilómetros era bastante equilibrado, como habitualmente, e só tinha duas subidas. Felizmente não choveu (muito) e como tal a lama estava q.b., bem como as pequenas poças que encontrávamos esporadicamente, cheguei ao fim com os pés secos.

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A equipa de vassouras, comportou-se como devia. Esperámos quanto tínhamos que esperar, avançámos quando tinhamos de avançar. Cheguei ao fim com a sensação de que estivémos lá mas não fomos intrusivos, e que não chateámos ninguém, exceptuando talvez aquele casal “individual” que fugiu de nós a sete pés, e que me quer parecer não ter subido a última parede, pois não os encontrei na dita cuja.

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Após receber o original prémio de “finisher” feito manualmente, comi dois caldo-verdes e comprei umas bolachas Love in the bag para levar à minha “namorada”. Como o banho era frio, optei somente por “lavar-me à gato” e mudar de roupa, indo depois com o Joel até à “zona da restauração”, onde convivemos por breves momentos com os outros volunTRAILers e membros da organização presentes antes de ir embora para casa que já se fazia tarde.

Não quero deixar passar a ocasião para agradecer de novo aos meus companheiros de vassoura (e agora confrades) as 5h40 passadas no monte, e aos Montes Saloios a oportunidade de sê-lo na sua prova. Estou sempre ao dispôr para o que precisem, e voltarei sempre que possa, independentemente de qual dos lados esteja.

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