Porque a vida não é só corrida Blogue do João Campos
Quarta-feira, 19h30, Póvoa de Santa Iria da Azóia, visita aos Runners da Frente Ribeirinha da Póvoa de Santa Iria para o seu evento semanal “Trail Esquizofrénico”.
Como o nome indica, o Grupo é da Póvoa de Santa Iria e o treino seria um trail, esquizofrénico diziam. Fui directo do trabalho de boleia com o Paulo Silva. Encontrámo-nos à chegada com o Joel Silva e logo de seguida com o António Soares, anfitrião da nossa visita à Póvoa. O resto do grupo foi chegando, algumas caras conhecidas, outras caras novas e arrancámos os dezassete, para um percurso previsto de 12km em 1h30.
Saimos directos para o “quintal” que é como quem diz o passeio ribeirinho lá da zona. Muito aprazível (dizem que tem muito mosquito e melga, eu, levo sempre repelente de insectos) a zona, piso misto de alcatrão, estradão e passadiço de madeira. Pessoalmente, é um bom sítio para treinar para uma Maratona de estrada ou para as 24h de Portugal, pois dá para fazer ali um circuito circular, a direito, sem repetir percurso. Por falha não vi a distância do percurso circular mas um dia destes, volto lá. Arrancámos rápido, fui à frente e de repente iamos a 4’45” por quilómetro, abrandámos, até para o grupo reagrupar, passo a redundância.
Passámos por cima da linha da CP, e avançámos então para a parte esquizofrénica do treino. Terra batida, “single-tracks” sem grande tecnicidade, uma primeira “parede”, separação do grupo em 1/3 – 2/3, paragem para beber água e entrar no Caminho de Fátima em sentido inverso, com outra “paredizita” só para animar, a “pior” daquela zona segundo dizem os “locais”, que no final teve de ser subida “a quatro”.
Depois disso, foi sempre a descer para o ponto de encontro inicial, com o Sol já desaparecido e de frontal ligado. No resumo final, foram duas horas e picos e pouco mais de 17km (17km e 17 pessoas, se calhar foi de propósito) que souberam a suficiente. Foi um percurso puxado, rápido e intenso embora não complicado tecnicamente, e sem ninguém se perder nem se magoar, o que é sempre bastante importante.
Sem dúvida que voltarei à Póvoa de Santa Iria, quem sabe da próxima vez para ir visitar as “ventoínhas lá ao fundo”. Obrigado Runners da Frente Ribeirinha da Póvoa de Santa Iria pela recepção e por capricharem no percurso, e obrigado aos restantes amigos pelo ambiente saudável vivido durante estas duas horas.
