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AUT e pára o baile

A convite da organização, participei pela primeira vez como blogger numa prova desportiva, o Arrábida Ultra Trail que, como o nome indica, decorreu, na Serra da Arrábida.

Disponível em três distâncias, 80km (dando um ponto para o Mont Blanc), 25km e 14,5km, deixou-me na dúvida, quase até à última da hora, em qual das distâncias havia de alinhar. Os 80km pareciam-me muito e, os 14,5km, pareciam-me pouco. Como se costuma dizer que no meio é que está a virtude, assim foi, e alinhei à partida para os 25km.

O pré-prova

À hora combinada, o João Ricardo chegou com a Patrícia, e apanharam-me a mim e ao Marco. Três de nós iamos à mesma distância, e outro à mais pequena. Fomos indo e chegámos, mais do que a tempo, ao Castelo de Palmela, onde seria a partida da prova. Encontro com os amigos do Correr na Cidade, bem como com outros amigos e participantes que se reuniam dentro das muralhas. Passagem pelo controle “zero” e finalização da preparação.

Eu e o João tinhamos alinhavado fazer a prova em conjunto, de forma a fazer um teste de dinâmica de equipa para o II Trail Transfronteiriço de Barrancos, daí a duas semanas. Ver como a coisa resultaria neste dia, daria indicação do que iria acontecer em Barrancos. A Patrícia juntou-se a nós também, mesmo não indo a Barrancos, definiu fazer a prova conosco e, partimos.

Na prova

Arrancámos a descer, subimos, descemos, e subimos de novo. Passámos por single-tracks, por estradões e por lama, não muita mas, a suficiente. Passeámos por um percurso bem marcado, bastante equilibrado e muito rápido. No geral, a temperatura ajudou, estava mais do que amena para uma manhã de Novembro, e fomos de manga curta durante toda a prova.

Corremos quando conseguimos, caminhámos quando não. Parámos nos abastecimentos, demorámos o tempo que tinhamos que demorar em cada um deles. Parámos tecnicamente, e parámos para tirar fotografias. Esperámos nas subidas, esperámos nas descidas, e esperámos a direito, fizemos o que uma equipa deve fazer, apoiando-nos mutuamente ao longo daquelas 3h49 de percurso na Serra, sem nunca nos perdermos de vista mais do que uma curva. Foi uma manhã, exemplar!

À chegada

À chegada, em Setúbal, parte da crew do Correr na Cidade e o grupo das Tartarugas Solidárias faziam a festa e atiravam os foguetes. Chegámos juntos, os três, e chegámos bem. Fiquei com o gosto atravessado de que teria feito os 80km sem problema, e dentro do tempo limite mas, a Serra não foge e muito provavelmente, voltarei no ano que vem a esta prova.

Roupa mudada, vamos esperando mais amigas e amigos que vão chegando a conta-gotas, pois o “grosso” dos participantes já lá estava todo. Na zona da chegada, havia almoço incluído com a inscrição, mas optámos por ir comer o tradicional choco frito num restaurante da zona, com os amigos Tartarugas Solidárias. Choco comido, regresso à zona da chegada, assistindo ao cruzar da meta de alguns dos “Ultras”, como sejam a Sofia Roquete, vencedora feminina incontestada, e o Luís Moura, que fez um tempo espetacular nos 80km.

As horas foram passando, e a festa continuando. O Marco foi ao pódio no seu escalão e ficou com uma história do trail para contar, eu passei uma tarde animada com amigas e amigos com quem costumo correr, principalmente e especialmente, no alcatrão (ou nos passeios, que seja), o que deita um pouco por terra o mito do “espírito do trail”. O que conta mesmo é o “espírito das pessoas”, seja nos trilhos, no alcatrão, no emprego, onde fôr.

Noite chegada, e fazia-se tarde. Apanhámos a camioneta da organização e voltamos a Palmela, onde estava o carro estacionado, e pusemo-nos a caminho, de forma chegar a casa a tempo de jantar, porque a vida não é só corrida ;)

 

 

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