Meo Urban Trail Sintra, 2015

Sintra, terra de reis e de princesas encantadas, de cavaleiros e de poetas, tem um palácio, um castelo e muitas ruas para correr. Ah, e tem degraus também, é verdade.

Convidado pela organização a participar, pude finalmente este ano estar presente e rendeu cada metro palmilhado na Vila. Sem saber como iria, se com as Ronhonhós ou o Paulo Silva, de carro, se de autocarro e combóio (ainda é longe ir a correr de casa a Sintra), surgiu de última hora a oportunidade de ir com a Catarina e a Lígia. Assim, das Amoreiras até Sintra, entre aguaceiros, risadas e medos, chegámos à Vila e estacionámos no lugar mais próximo que pudemos da partida, fomos uns autênticos mestres ninja do estacionamento.

Levantámos os kit’s de participante, encontrámos logo montes de caras conhecidas, fomos ao carro “equipar”, e escolher que roupa e acessórios levar. Sintra fica numa Serra e, tal como todas as Serras, é preciso respeitá-la, mesmo que a corrida seja urbana. A previsão metereológica não era simpática mas as evidências no terreno apontavam outra direcção. Optei então por ir de t-shirt com o corta-vento guardado na mochila e as minhas companheiras de viagem de camisolas leves internas e externas.

Alinhados na zona de partida, após mais algumas fotografias e com alguma (bastante) excitação à mistura, foi dada a partida. Arrancámos em pelotão compacto, os três juntos. Daí a pouco aparece a Raquel (sem anorak) e junta-se a nós também. Primeira subida, e já os casacos de quem os tinha saltavam fora. A noite estava húmida e não muito fria, não chovia e portanto quanto mais leves fossemos, a subir, melhor.

Fomos seguindo mas de repente a Catarina e a Raquel adiantaram-se a nós, eu e a Lígia fomos gerindo juntos o percurso (duro, de 12 quilómetros) o melhor possível. Passámos na Quinta da Regaleira (infelizmente sem subir a Torre), subimos ao Castelo e descemos aquilo tudo outra vez. Em cada galho uma marcação, em cada cruzamento um voluntário. As caras conhecidas continuavam a aparecer no meio da Serra, o Romão, a Carmo o Miguel, a Sandra, a Monica, em cada posto, uma paragem breve da minha parte, um beijinho ou um abraço.

Com a Lígia Rodrigues, foto pela equipa MBM Run&Foto Team
Com a Lígia Rodrigues, foto por MBM Run&Foto Team

Passámos os abastecimentos, e cada vez descíamos mais, antes da última impiedosa subida, que eu já esperava mas que causava desespero a que não sabia muito bem ao que ia.

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Na chegada, à nossa espera, a Catarina e a Raquel, e mais uns amigos que por lá estavam. Entregavam os prémios aos vencedores, os nossos, abraços e beijinhos.

Despedidas feitas, metemo-nos no carro em direcção a Lisboa, agora vinha eu a conduzir enquanto as companheiras de viagem actualizavam os seus status nas redes sociais, e digeriam os quilómetros nocturnos em Sintra.

Quanto à prova em si, bem dizem por aí “é cara”. Sim é mas, no entanto, correr com aquele banho de multidão e aquele apoio da organização numa Vila como Sintra vale a pena. Obrigado Goreti e obrigado Jorge pelo convite, para o ano conto estar presente de novo.

Imagem de capa “roubada” à Catarina.

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